Manifestantes contrários ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), realizaram, nesta terça-feira (5), uma nova carreata em protesto pelo impeachment do magistrado e contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ex-mandatário foi detido na segunda-feira (4) após suposto descumprimento de medidas cautelares impostas por Moraes na investigação que apura o envolvimento do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na pressão feita pelos EUA para sancionar o ministro.
Com cartazes, bandeiras e faixas, apoiadores do ex-presidente reuniram-se em frente à Torre de TV, no Eixo Monumental, em Brasília, e realizaram um buzinaço protestando pelo impeachment de Moraes. Eles cobraram que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), desse prosseguimento ao processo contra o magistrado.
Na coordenação da manifestação, Deusélis Braga, dirigente do movimento "Influenciadores do Brasil", destacou que a mobilização nas ruas ganhou força e se espalhou pelo país. “Para toda transformação a gente precisa do início. O início é o buzinaço. A gente já está há três anos fazendo, mas agora tomou uma proporção muito grande. Está o Brasil todo fazendo. Hoje está emblemático, porque os deputados estão lá, o Senado e a Câmara estão paralisados, não há votação enquanto não botarem as pautas que estamos reivindicando.”
Segundo Braga, os protestos têm pautas claras e são organizados por diferentes frentes. “Nós temos Belo Horizonte, São Paulo, todos os estados. São dois movimentos: "Fora Lula Buzina" e "Influenciadores do Brasil". Eu sou presidente dos Influenciadores e coordenador do Fora Lula Buzina. As pautas são: anistia já, ampla, geral e irrestrita; Bolsonaro 2026; e fora Lula e fora Moraes. O movimento foi criado com esse cunho popular.”
Assim como na manifestação ocorrida na segunda, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) fechou o acesso à Esplanada dos Ministérios, o que impediu que o protesto seguisse para a Praça dos Três Poderes.
Fonte: Gazeta do povo