Como vimos, uma recessão ocasiona impactos muito duros na economia como um todo. E isso se reflete também nos investimentos, pois o mercado passa a apresentar mais risco.
Em períodos de retração econômica, a volatilidade do mercado acionário costuma ser bem maior. Para se adaptarem à redução da demanda, as empresas também enxugam produção e gastos. Isso faz com que os seus resultados diminuam, o que se reflete também no preço de suas ações.
Quem permanece na bolsa, acaba preferindo ações de companhias mais sólidas, que atuam em segmentos mais tradicionais da economia. Dessa forma, reduz a procura por ações de empresas novatas, pois, embora muitas delas tenham grande potencial de crescimento, poderão ter dificuldades em concretizar o planejamento de longo prazo.
Além disso, a recessão econômica traz uma onda de negatividade entre os investidores. Com notícias ruins no mundo todo e indicadores financeiros pouco atraentes, o pessimismo acaba tomando conta do mercado. Isso faz com que as pessoas prefiram investimentos mais seguros e mais líquidos, pois pode ser, a qualquer momento, seja necessário sacar os recursos para fazer frente a alguma necessidade financeira.
Ainda em relação à segurança, a renda variável passa a ser mais atrativas em momentos de instabilidade econômica. Ainda mais se as taxas de juros estiverem em alta, pois dessa forma pode-se obter melhores retornos sem correr o risco da renda variável.
Portanto, períodos de recessão exigem uma diligência ainda maior por parte do investidor em relação a sua carteira. Para quem tem um perfil mais arrojado e decide permanecer na bolsa, é melhor dar preferência às empresas mais resilientes e com melhores fundamentos. Além disso, é ainda mais importante ter um horizonte de longo prazo, pois esses momentos podem durar mais do que o previsto.
Já para quem é mais conservador, pode ser um bom momento de aumentar a participação da renda fixa na carteira. De qualquer forma, manter uma boa diversificação ajuda a controlar o risco de perdas nos investimentos.
