Dirigentes de clubes das Séries A e B, presidentes de federações e CBF estão reunidos desde a manhã da última segunda-feira (11), no Rio de Janeiro (RJ), para tentar avançar na implantação de um sistema de Fair Play Financeiro no futebol do país. Nesse sentido, o jornal espanhol "As" destacou o encontro inédito para o futebol brasileiro.
A discussão continua em fase inicial, mas é quase consenso que alguma medida para diminuir o endividamento dos clubes precisa prosperar. A plenária é maior que o primeiro encontro realizado pela CBF para debater o tema, em junho, quando dirigentes de 28 clubes e oito federações estiveram na sede da entidade. Mas a presença de presidentes dos clubes é pequena; a maioria mandou executivos ou representantes dos departamentos financeiros. Veja a repercussão do jornal "As":
O Brasil acaba com o desperdício (título). A CBF pretende incluir um sistema de fair play financeiro dentro da liga nacional para regular os investimentos dos clubes mais fortes do país. (subtítulo).
Situação crítica?
A medida ocorre em um momento de "duplo risco" para o mercado do Brasileirão. A temporada 2024-25 bateu recordes financeiros: os 20 maiores clubes geraram cerca de € 1,72 bilhão em receita. No entanto, o crescimento vem acompanhado de uma dívida significativa. Atingindo € 1,89 bilhão, um valor próximo ao maior registrado durante a pandemia escreveu o "As", em matéria assinada pelo jornalista Jorge Muñoz.
Além de uma situação geral que aponta para uma gestão ruim a longo prazo do clube, a lacuna no investimento em jogadores está aumentando. Segundo o "Transfermarkt", dois clubes gastaram mais de € 20 milhões: Botafogo (€ 49 milhões) e Flamengo (€ 43 milhões). Apenas o Palmeiras está atrás deles com € 18 milhões, e nenhum dos outros times ultrapassa os € 9 milhões, com onze deles não tendo gasto um único euro em contratações completou.
Estrelas caras?
Esses valores de dívida, apesar das grandes receitas recebidas pela direção do clube, são explicados pelo gasto com jogadores renomados, trazidos principalmente da Europa para o campeonato brasileiro. Jogadores como Neymar, Marcelo, Thiago Silva, Vitor Roque, Depay ou, mais recentemente, Saúl Ñíguez e Samuel Lino, chegaram assinando contratos vultosos em termos salariais que, por exemplo, no caso do holandês, ocupam aproximadamente 15% da folha salarial do elenco, sem incluir bônus finalizou o veículo.
Fonte: MSN